domingo, 8 de dezembro de 2019

Saudade é sentir afeto no silêncio.

Até que ponto vale a pena tentar de novo?

É tão estranho estar perto de alguém e ter a sensação de ser ele a pessoa certa da sua vida.

Eu ouvi esses dias alguém falando que um casal precisa ser apoio um do outro justamente quando o outro está perdido, com dúvidas ou confuso.

Mas como lidar com o medo de passar por certas situações novamente? Quando parece que elas irão se repetir sempre. Vale a pena dar chance de correr o risco de se machucar de novo?

Meus pais tem 30 anos de casados e já houveram tantas situações que para muitos seria motivo suficiente para desistir. Mas eles, especialmente minha mãe, nunca desistiu. Sempre perdoou. Sempre deu mais uma chance. Eu nunca entendi o porque ela se permitia passar por isso. Mas acho que se perguntar pra ela hoje, ela responderia que sempre valeu a pena lutar pela família, pelo amor, pelo casamento.

Qual amor vale a pena ser colocado em uma estante apenas como uma lembrança?
Quando é realmente correto abrir mão de um amor?

Será que essa sensação de "merecer outra chance" com todos os riscos é apenas uma cultura, um padrão que aprendemos como a coisa certa?
Será que realmente é a coisa certa e não apenas um comportamento repetido?

Até que ponto devemos usar o argumento do amor próprio pra anular o amor pelo "próximo"?

Quanto a autossatisfação mascara o sentimento de realização mútua? Até onde ela vai? A partir de que ponto ela deixa de ser saudável?

São tantos questionamentos e quase nenhuma resposta.

Queria não chegar na velhice e pensar que deveria ter insistido.
Queria poder saber que isso realmente vai passar.
Queria poder saber que virá alguém que, ao conhecê-lo, irei entender que tudo o que sinto hoje é pequeno pela grandeza que esse "novo" me trará.

É, meu querido, não é fácil. Mas que disse que seria?

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